Dia Mundial da Alimentação | World Food Day 2016
Desde o ano de 1945, que algumas dezenas de países criaram a Organização de Alimentação e Agricultura das Nações Unidas (FAO), assente numa ideia e num desígnio que passava pela grande objectivo de libertar a humanidade da fome e da desnutrição.
Portanto a 16 de Outubro é dia de se salientar o trabalho da FAO mundialmente e também comemorar o Dia Mundial da Alimentação, efeméride reconhecida em 150 países no mundo, sendo, portanto, um dos dias mais célebres do calendário da ONU.
Na Statusknowledge por maioria de razões não deixamos passar esta data sem nos associarmos ao tema e em especial à efeméride, não fosse a segurança alimentar e o ambiente uma das áreas que actuamos.
Mas principalmente porque além do nosso departamento de consultadoria em segurança alimentar e das nossas actividades ao nível do meio ambiente, acreditamos que este tipo de iniciativas promovem a promoção da mensagem que é necessário difundir em todo o mundo em favor daqueles que sofrem de fome por exemplo.
Antes de profissionais que somos, somos também pessoas e temos obrigações profissionais e sociais, associarmos a estas iniciativas é o mínimo que nos exige.
Esta no o tema do Dia Mundial da Alimentação é “o clima está mudando. Alimentação e agricultura devem também”. O que nos parece ser muito oportuno depois do “Acordo de Paris 2015” com o tratado mundial em termos do clima e ambiente.
Até porque o meio ambiente está sempre interligado com a alimentação
Clima está mudando. Alimentação e agricultura devem também
Efectivamente as mudanças climáticas que o mundo tem sido sujeito motivaram significativa reflexão, e para o World Food Day 2016, foi reconhecido oportuno retomar a antiga e pertinente discussão ao nível mundial, até porque como referíamos existe uma séria interligação entre a Segurança Alimentar e o Meio Ambiente, aliás é reconhecido ao nível da ONU e da FAO como sendo uma das maiores questões relacionadas com a mudança climática a segurança alimentar.
Sendo o combate contra a fome e desnutrição, pobreza e segurança alimentar, sistemas alimentares saudáveis, uma permanente preocupação mundial e objecto permanente de reflexão e ampla análise em anos anteriores, entre tantos outros temas, estamos perante um destaque promovido pela FAO nesta efeméride assente na ideia que a alimentação pode ser parte da solução de outro problema no munido, aliás ser como uma forma de preservação do meio ambiente com o mote “O Clima está a mudar: a comida e a agricultura também devem mudar”.
Esta ideia resulta do facto de se estimar que, tendo em conta o aumento populacional, até 2050 o planeta terá de aumentar a produção em 60% de forma a conseguir responder adequadamente às necessidades da população. No entanto, as mudanças climáticas que se prevêem terão um efeito negativo no cultivo e na quantidade e qualidade dos alimentos produzidos. Por conseguinte, o declínio na produção alimentar, conjugado com o incremento da procura, terá como consequência o aumento dos preços, culminando numa maior desigualdade no acesso aos bens alimentares.
Em todo o caso, podemos observar uma evolução positiva em geral com algumas das preocupações ao nível da FAO, nomeadamente com maior envolvimento e compromisso no estudo e resolução destas preocupações por parte de alguns países, por força de iniciativas de entidades governamentais, universidades, empresas e organizações da sociedade.
No sentido da evolução positiva registada verificou-se o Pacto de Milão sobre politica de alimentação urbana (2015), a declaração da FAO de 2016 Ano Internacional das Leguminosas e em Portugal a Constituição da Associação Aliança Contra a Fome e a Má-nutrição, que tem como objectivo de estabelecer ligações entre os diversos organismos e instituições que lutam contra a fome, sendo uma relevante plataforma de diálogo, promovendo contacto entre diferentes organizações e entidades da sociedade civil, do sector privado e da administração pública para a definição em parceria de estratégias, políticas e programas susceptíveis de potenciar os dispositivos já existentes, favorecer o diálogo sobre as medidas mais eficazes e estimular novas iniciativas para combater a insegurança alimentar e a má-nutrição, exemplo que desde iniciativas com origem da sociedade em pleno exercício da cidadania e com outras de cariz governamental podemos contribuir para um mundo melhor.
Pela nossa parte também podemos partilhar que devido a iniciativa de alguns clientes com quem temos prazer de trabalhar, existem pequenos passos, tais como eliminar ou reduzir desperdício de géneros alimentícios, tratamento de resíduos e efluentes gerados da actividade industrial por exemplo, aposta em medidas de eco-eficiência, etc. São essencialmente investimentos que tem duas vantagens, melhor performance financeira e melhor impacto para o meio ambiente.