Formação e responsabilidades
Como já foi referido em artigos anteriores, os nossos especialistas em Sistemas de Gestão de Qualidade (SGQ) e principalmente ao nível da Segurança Alimentar (SGQA – Sistemas de Gestão da Segurança Alimentar), consideram que a formação de todas as pessoas envolvidas na implementação do sistema assente nos princípios internacionalmente reconhecidos por HACCP (hazard analysis and critical control points), é determinante e crucial para o sucesso do objectivo.
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A implementação de um SGSA (Sistema de Gestão da Segurança Alimentar), requer um conhecimento técnico e detalhado em todo o processo, logo ajuda o contributo de alguém especializado, logo estamos convencidos que é essencial a presença de um especialista, com conhecimentos técnicos e científicos do processo para a identificação correta dos perigos a estabelecer as medidas de controlo adequadas, mas quando o especialista não está no dia-a-dia, é determinante e crucial a informação e formação de todas as pessoas envolvidas no processo de implementação, quando se verifica a manipulação, produção, distribuição de produtos alimentares.
Importância da formação
Tanto as entidades que inspeccionam ou auditores que auditam e avaliam um Sistema de Gestão da Segurança Alimentar (SGSA), procuram entre outras evidências que formação foi ministrada no estabelecimento aos trabalhadores que estão ao serviço, aliás desde o operador mais insignificante até a gestão de topo.
Os nossos especialistas e consultores em sistemas de gestão, nomeadamente ao nível da Segurança Alimentar defendem que tanto a direcção da empresa, todos os operadores, manipulares e demais trabalhadores, assim como aqueles que são responsáveis pela implementação do SGSA, devem ter formação adequada nesta matéria. Uns necessitam de um maior desenvolvimento na parte da aplicação no dia-a-dia e outros basta concentrar-mos principalmente nos benefícios da implementação do sistema, para assim perceberem porque tem que ter comportamentos e condutas diferentes, no fundo perceberem o porquê das “coisas”.
Quanto ao pessoal da linha de produção, que manuseiam directa ou indirectamente os alimentos, deve possuir não só conhecimentos gerais sobre o princípios do sistema como também conhecerem os perigos, medidas preventivas e acções correctivas aplicáveis a cada ponto crítico de controlo.
As responsabilidades
Uma das medidas que são igualmente importantes é como operacionalizamos um SGSA, nomeadamente na determinação de funções e responsabilidades, onde a formação tem uma presença assídua.
Funções e responsabilidades
Direcção
- Motivar todo o pessoal da empresa e assegurar as condições necessárias.
- Tomar medidas sempre que se verifiquem falhas repetidas.
- Promover os meios necessários (técnicos e humanos) para que o SGSA funcione correctamente.
Responsáveis pelo SGSA (na forma de equipa ou em modo singular)
- Elaboração e manutenção de um plano de HACCP.
- Participação e dinamização de formação a todo o quadro de pessoal.
- Envolvimento das chefias.
- Supervisão geral do bom funcionamento do SGSA.
- Verificação do sistema em todos os seus aspectos.
- Manutenção da documentação gerada pelo sistema.
- Elaboração de informação periódica para a direcção.
- Modificações e revisões do plano.
- Motivação e formação de todo o pessoal.
Funcionários com responsabilidades de controlo
- Devem estar envolvidos no sistema.
- Devem ter autoridade.
- Devem ter capacidade de gestão.
- Estar motivados e ser responsáveis.
- Ter conhecimento do funcionamento dos vários equipamentos.
- Saber o que controlar, como e quando controlar.
Funcionários sem responsabilidade de controlo
- Motivação e responsabilidade.
- Conhecimento do Manual de Boas Práticas de fabrico da empresa.
- Ser consciente da importância da limpeza e desinfecção.
- Saber o que faz, como deve fazer e quando deve fazer-se.
As responsabilidades da Equipa de Segurança Alimentar são:
v Planificar o projecto de SGSA e princípios do HACCP.
v Efetuar o estudo e gerar documentação.
v Assegurar a verificação do plano de HACCP.
v Comunicar e formar.
v Rever as actividades face as mudanças.
v Agendar e conduzir auditorias internas.
Conclusão
Como forma de garantir o sucesso na implementação de um SGSA – Sistema de Gestão da Segurança Alimentar, todos aqueles que estão focados no desenvolvimento e acompanhamento do processo, tem que obrigatoriamente assegurar acções de informação, sensibilização e formação teórico/práticas para chefias e os demais operadores e manipuladores com o intuito de melhorar a performance no dia-a-dia do estabelecimento, ao nível de todos os trabalhadores envolvidos e sensibilizá-los para as responsabilidades que têm em mãos, nomeadamente quando são profissionalmente manipuladores de alimentos, seja em que sector e estabelecimento, a saúde dos próprios, das suas famílias e principalmente dos consumidores em geral.